Mulher: preocupação em harmonizar o grupo é típica das gestoras
O que define uma chefe mulher ? A pergunta ainda abre espaço para uma infinidade de estereótipos, muitas vezes contraditórios.
De um lado, a cultura pop traz figuras exageradamente autoritárias como Miranda Priestly, papel de Meryl Streep no filme “O diabo veste Prada”.
Em outro extremo, na vida real, ainda se espera que a liderança feminina seja mais branda ou delicada do que a masculina.
“Existe uma expectativa geral de que as mulheres sejam chefes mais boazinhas”, opina a coach Eva Hirsch Pontes. Segundo ela, a assertividade ainda é vista com estranhamento na gestora: se ela dá uma ordem um pouco acima do tom, logo é tachada de “mandona”.
Para a especialista, essa imagem anda de mãos dadas com a percepção de que as mulheres são mais emocionais do que os homens. “Isso é uma bobagem extraordinária”, afirma Eva. “Todo ser humano sente emoções: a diferença é que elas costumam ser mais expressivas, e eles, mais contidos”.
Então não há diferença entre os gêneros quando o assunto é chefia?
Não é bem assim, diz Eva. Seja pela sua própria natureza, seja por razões históricas ou culturais, a mulher tem um estilo seu de liderar. “A principal diferença é que elas geralmente se preocupam mais em harmonizar o grupo”, diz a coach.
Ana Guimarães, gerente de divisão da Robert Half, também acredita que alguns pontos distinguem as gestoras, como a capacidade de adaptar sua comunicação a diferentes ambientes e interlocutores.
Além disso, as mulheres costumam ser chefes com mais jogo de cintura. "Elas são capazes de 'ir pelas beiradas' na hora de negociar uma venda ou conseguir a aprovação de um projeto, por exemplo”, comenta a gerente.
Fonte: Revista Exame
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